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GEF Terrestre

GEF Terrestre
GEF Terrestre - Foto: Glayson Bencke

A SEMA/RS é um dos órgãos ambientais estaduais executores do Projeto GEF-Terrestre. Trata-se de um projeto do Governo Federal que visa promover a conservação da biodiversidade do Pampa, Caatinga e Pantanal, por meio de três estratégias principais:

1. Expansão e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, incluindo a criação de novas Unidades de Conservação e promovendo aumento da efetividade de conservação das já existentes;

2. Restauração da vegetação nativa no entorno das UCs;

3. Planos de Ação Nacionais de espécies ameaçadas

Todas estas linhas de atuação devem contar com o envolvimento de comunidades locais e proprietários do entorno das Unidades de Conservação. Sua implementação ocorre em parceria com o ICMBio, JBRJ e órgãos estaduais de meio ambiente, incluindo a SEMA/RS.

O Projeto GEF-Terrestre está alinhado aos princípios da Convenção da Diversidade Biológica, da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima  e às políticas nacionais para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.

"Para cumprir as metas do GEF Terrestre, uma série de projetos em escala local estão em andamento aqui no Rio Grande do Sul. Conheça um pouco mais sobre eles:"

O projeto “Restaura Pampa: plano de recuperação de áreas degradadas em unidades de conservação do bioma Pampa” é desenvolvido pela Fundação de Apoio à Tecnologia e Ciência (FATEC) e pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas da Universidade Federal de Santa Maria (NEPRADE – UFSM) em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e apoio financeiro do GEF Terrestre, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

O projeto tem por objetivo elaborar um plano de recuperação de áreas degradadas, desenvolvido de acordo com as especificidades do bioma Pampa, tendo como focos o Parque Estadual do Espinilho (PESP), em Barra do Quaraí, a Reserva Biológica do Ibirapuitã (Rebio), em Alegrete, e seus entornos. Tem como prioridades a busca por soluções localmente vinculadas, integradas ao contexto socioeconômico e a restauração ecológica das fisionomias regionais.  O principal objetivo específico do RestauraPampa é testar métodos para o controle da invasão biológica do capim-annoni (Eragrostis plana Ness), uma das principais causas da perda de biodiversidade dos campos nativos do bioma Pampa. Entre os métodos testados estão o controle químico com base no método Mirapasto e o abafamento com plantas de cobertura e outros materiais localmente disponíveis, como a casca de arroz. Outras técnicas a serem testadas é a transposição de feno e de topsoil, buscando o retorno da florística campestre, a partir do transporte de propágulos na biomassa e no solo de áreas de referência.

Os resultados esperados incluem a caracterização detalhada da degradação e das condições abióticas e bióticas para cada unidade de conservação e seus entornos, bem como a verificação da efetividade dos métodos de controle e técnicas de restauração testadas, permitindo a geração de conhecimento e orientações para o embasamento da restauração ecológica no bioma Pampa.

O projeto conta com a parceria de diversas instituições regionais como Instituto Federal Farroupilha, Unipampa, Clube de Observadores de Aves e Atelier Saladero. Diversos departamentos e programas de pós-graduação da UFSM estão envolvidos, como Departamento de Ciências Florestais, Departamento de Solos, Departamento de Engenharia Rural, Departamento de Biologia, Herbário SMDB - UFSM, Departamento de Zootecnia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal e Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo. Até o momento, 15 acadêmicos e acadêmicas de graduação e pós-graduação participam da pesquisa, com desenvolvimento de uma dissertação de mestrado, duas teses de doutorado, um pós-doutorado e trabalhos de iniciação científica.

Uma das parcerias mais importantes é a que está sendo estabelecida com os produtores rurais das propriedades lindeiras às unidades de conservação. O controle do capim-annoni deve ser uma prática integrada ao manejo da pecuária, atividade econômica importantíssima para a manutenção da biodiversidade campestre. Por esse motivo, o Restaura Pampa tem dedicado importante parte das suas atividades à integração com a comunidade, fortalecendo o diálogo com proprietários e arrendatários. Para o final do projeto estão previstas oficinas e reuniões técnicas com a comunidade regional.

O projeto Restaurapampa iniciou em 2021 e tem sua finalização prevista para 2023.

Texto: Ana Paula Rovedder – coordenadora do Projeto /UFSM

Foto: Danise Alves – Gestora Reserva Biológica do Ibirapuitã/SEMA

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