A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) realizou, nesta sexta-feira (27/05), um ato para comunicar os projetos selecionados pelo Energia Forte no Campo de 2022. Esta fase do programa contou com R$ 40 milhões disponíveis do Avançar na Sustentabilidade, o maior valor já destinado. Todos os projetos inscritos foram selecionados e irão receber recursos.

O evento on-line contou com a participação da secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, do presidente da Federação das Cooperativas de Energia, Telefonia e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Fecoergs), Erineo José Hennemann, do superintendente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Maurício Mocelin, além dos presidentes de cooperativas e colegas da Sema.

 “O Energia Forte no Campo foi lançado em 2019 e já beneficiou centenas de famílias rurais no Rio Grande do Sul durante os anos de 2020 e 2021, por meio da qualificação da rede de distribuição de energia elétrica. Agora estamos concretizando mais uma importante entrega, estando o programa dentro do Avançar na Sustentabilidade”, comemorou a secretária Marjorie Kauffmann.

No total, 128 projetos foram selecionados, em 66 municípios gaúchos, totalizando 441 km de extensão. Cerca de nove mil consumidores serão beneficiados nas regiões das cooperativas Certel, Certaja, Cosel, Coprel, Certhil e Coopernorte.

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O secretário Domingos reforçou a importância desse tipo de projeto para o desenvolvimento do setor rural, em especial a agricultura familiar.

“Todos no Rio Grande do Sul sabem da importância do setor agropecuário, que tem participação em 40% do nosso PIB, e a questão energética era um gargalo para o desenvolvimento das atividades agrossilvipastoris, da produção do campo e da melhoria da qualidade de vida. Além disso, a secretaria da Agricultura se une à Sema, Fecoergs e BRDE no sentido de atingir as metas assumidas na COP26, de reduzir as emissões de carbono, através da qualificação  da atividade rural, colaborando para o balanço energético do Estado”, afirmou Domingos.

Além do aporte do Estado, o programa conta, ainda, com uma linha de financiamento do BRDE às cooperativas. As condições de pagamento são de até 24 meses de carência e 120 meses para amortização.

“Para o BRDE é fundamental atuar e participar ativamente deste projeto, visto que financiamos as cooperativas e famílias. Ficamos felizes em ver o programa se consolidando, principalmente pela sua extrema importância econômica e social”, garantiu Mocelin.

O próximo passo será a celebração dos Termos de Colaboração entre as partes envolvidas.

Para o presidente da Fecoergs, este é um momento importante de parceria efetiva entre cooperativas e Governo do Estado.

“Tenho certeza de que esse programa vai ser mais produtivo para o nosso associado do setor primário, gerando mais renda e desenvolvimento e, por outro lado, maior arrecadação de impostos. Estamos gerando um ambiente criativo e produtivo nas propriedades”, garantiu Hennemann.

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Entenda o programa

O Programa Energia Forte no Campo, lançado em 2019, prevê a qualificação das redes de distribuição de energia elétrica no meio rural, incluindo investimentos em obras de complementação de fases, substituição de postes de madeira por postes de concreto, reformas na rede elétrica, instalação de transformadores e adequação dos níveis de tensão.

Os objetivos são a qualificação da rede de distribuição de energia elétrica no meio rural, a ampliação da produção no campo e a melhora na qualidade de vida no meio rural.

Na primeira fase do programa, o Estado disponibilizou R$ 4 milhões do orçamento. Na segunda etapa, R$ 5,98 milhões. Nesta terceira fase, foram disponibilizados R$ 40 milhões do Estado, com recursos do Avançar na Sustentabilidade, o maior valor já destinado.

Avançar na sustentabilidade

A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) coordena o Programa Avançar na Sustentabilidade, lançado pelo governo do Estado em 26 de janeiro de 2022. Serão destinados R$ 193 milhões do Tesouro para projetos voltados ao incentivo de energias limpas e renováveis, o desenvolvimento sustentável, as boas práticas para combater as mudanças climáticas e a recuperação do patrimônio ambiental do Rio Grande do Sul.

As ações estão divididas em quatro eixos: clima (R$ 115,3 milhões), água (R$ 3,9 milhões), parques (R$ 22 milhões) e energia (R$ 52 milhões).

Todas as iniciativas estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas e fazem parte das ações para tornar possível atingir as metas assumidas na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), de neutralizar as emissões de carbono no Estado em 50% até 2030.

Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema Fepam