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Investimento internacional para projetos de adaptação e resiliência é tema de painel na Conferência de Bonn

Durante painel, secretária Marjorie abordou a sequência de tragédias climáticas sofridas pelo RS

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 articulações são importantes para demonstrar o comprometimento do governo com a pauta
Articulações são importantes para demonstrar o comprometimento do governo com a pauta - Foto: Vanessa Trindade / Ascom Sema

O estado do Rio Grande do Sul esteve presente, nesta quinta-feira (19/6), em mais um painel dentro da programação da Conferência do Clima de Bonn, que tratou sobre a necessidade de investimentos para projetos de mitigação e adaptação, sobretudo aqueles que preveem a segurança alimentar.

Durante a sua fala, a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, lembrou que o Rio Grande do Sul está no centro das mudanças climáticas.

“Cerca de um ano depois da maior tragédia climática que atingiu o Estado, em maio de 2024, nós estamos novamente enfrentando enchentes em diversas regiões. Cerca de 60 municípios já reportaram algum tipo de dano. O nosso foco está no Rio Grande do Sul e a participação em eventos como a Conferência de Bonn é justamente para chamar a atenção para este problema. As autoridades mundiais ligadas ao clima precisam ter consciência do que estamos enfrentando”, pontuou a secretária.

Marjorie reforçou que as articulações são importantes para demonstrar o comprometimento do governo com a pauta e para, dessa forma, acessar recursos internacionais para a implementação de projetos efetivos. Uma das maiores preocupações está na segurança alimentar. O Rio Grande do Sul, cuja economia tem forte vínculo com o setor agropecuário, enfrenta desafios significativos diante das mudanças do clima.

Os produtores — principais responsáveis pela manutenção da produção de alimentos e pela adaptação de práticas ao contexto climático — enfrentam barreiras no acesso a financiamentos.

"A sequência de efeitos climáticos prejudicou profundamente a manutenção da atividade agrícola, criando o endividamento e dificultando novos financiamentos, comprometendo a segurança alimentar. A inclusão da agricultura nas discussões climáticas já representa um avanço importante, mas é preciso ir além. Os governos devem desenvolver modelos que valorizem as boas práticas desses agricultores. Além disso, a adaptação climática exige financiamento robusto, especialmente em contextos de crise”, acrescentou a secretária.

Além disso, segundo a Marjorie, a agropecuária pode ser uma grande aliada na mitigação das emissões. Os principais projetos em andamento no RS são as boas práticas implementadas pelo programa ABC+RS – Agricultura de Baixo Carbono, os planos de descarbonização de quatro cadeias produtivas e os estudos para o desenvolvimento do inventário de gases de efeito estufa (GEE) em campos e florestas.

Participaram do painel Tekini Nakidakida, representante do Ministério da Agricultura de Fiji; Felicitas Röhrig, assessora sênior de Políticas do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha; Mclarence Mandaza, do grupo africano de Negociadores do Zimbábue; Lucía Palao, líder de Projeto em Sustentabilidade, Direito, Meio Ambiente e Recursos Naturais do Peru; e Hervé Rogez, professor do Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará.

Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema

Sema - Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura