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Sema e Seapi realizam reunião com entidades de atendimento à fauna sobre os protocolos para conter a gripe aviária

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A Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizaram, na manhã dessa sexta-feira (23/5), uma reunião com entidades de atendimento à fauna silvestre. O objetivo foi repassar orientação sobre os protocolos adotados para o controle da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

O encontro teve como foco tirar dúvidas e orientar sobre como identificar casos suspeitos de gripe aviária e o protocolo a ser seguido nesses casos. As instituições convidadas atuam em um contexto distinto das granjas comerciais, motivo pelo qual os protocolos comerciais não se aplicam integralmente a casos suspeitos envolvendo animais de vida livre ou fauna silvestre.

A médica veterinária coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Daniela de Queiroz Batista, e o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Seapi, Fernando Henrique Sauter Groff, destacaram que todos os protocolos e orientações atualmente em vigor seguem as medidas de vigilância e contenção definidas pelo Mapa, reforçando o compromisso com o controle sanitário e o bem-estar animal.

Os representantes enfatizaram ainda a importância do correto uso dos canais de notificação, uma das principais ferramentas para garantir uma resposta ágil e eficaz, contribuindo para evitar a propagação do vírus e minimizar os impactos sanitários, ambientais e econômicos. A Seapi disponibilizou um contato específico para o recebimento de notificações, pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

A Sema, por meio do Departamento de Biodiversidade, reforçou a importância da atuação imediata e no local, com o apoio de profissionais técnicos – como médicos veterinários e biólogos – para a correta avaliação da situação. Caso o técnico identifique uma possível suspeita de gripe aviária, o animal não deve ser removido do local, e a Seapi deve ser notificada imediatamente.

Atuação multiprofissional no Zoológico

Desde a manhã de 12 de maio, quando foram identificadas aves com sinais neurológicos e mortalidade atípica, o Parque Zoológico de Sapucaia do Sul entrou em estado de alerta. A situação foi imediatamente comunicada ao Serviço Veterinário Oficial (SVO), que realizou a coleta de material biológico de cisnes. O parque foi fechado preventivamente a partir do dia 14 de maio.

A confirmação da presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) chegou no dia 16. Na mesma data, foi instituída uma força-tarefa no Zoológico, reunindo representantes da Seapi, da Sema, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e da Secretaria da Saúde (SES), para a implementação de medidas sanitárias e ambientais.

Até esta sexta-feira (23/5), 123 aves morreram, entre cisne-de-pescoço-preto, cisne-negro, cisne-coscoroba, cisne-real, marreca-de-coleira e pato-do-mato, de um total de 720 das espécies no local.

Entre as medidas implementadas estão à redução do número de servidores no local, uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), desinfecção de veículos e áreas internas, isolamento das aves infectadas e monitoramento contínuo dos demais animais. Também foram instaladas barreiras sanitárias na entrada do parque, com desinfecção obrigatória de veículos, calçados e equipamentos.

A Seapi segue os protocolos do Plano Nacional de Contingência de Influenza Aviária para conter o foco, mitigar riscos e proteger a saúde pública e ambiental. O Parque Zoológico está fechado ao público por tempo indeterminado, com acesso restrito às equipes técnicas autorizadas. A circulação de servidores foi reduzida ao mínimo necessário para garantir a alimentação e os cuidados essenciais com os animais.

Simultaneamente, o governo estadual mantém uma frente de trabalho permanente em Montenegro, onde o vírus também foi detectado em uma granja comercial. Em quatro dias, a equipe da Seapi vistoriou 100% das 540 propriedades rurais situadas em um raio de 10 quilômetros do foco. As autoridades reiteram que a transmissão do H5N1 para humanos é rara e que o consumo de carne de aves e ovos é seguro, desde que sejam devidamente cozidos.

Texto: Tamires Tuliszewski – Ascom Sema /Ascom Seapi
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