Fortalecimento da Biodiversidade nas Aldeias
Em parceria com a Divisão Indígena da SDR/RS e com o CEPI/RS, a SEMA realizou, entre os anos de 2017 e 2020, a articulação e entrega de 3.100 mudas de aproximadamente 35 espécies nativas junto a aldeias Mbyá-Guarani, de acordo com as espécies apontadas pelos Guarani como de interesse alimentar, medicinal e espiritual. A entrega envolveu onze aldeias (tekoá) no Estado: Pindo? Mirim (Viama?o), Guajayvi (Charqueadas); Guyra Nhendu (Maquine?); Yvy Poty (Barra do Ribeiro), Guapoy (Barra do Ribeiro), Piquiri (Cachoeira do Sul), Três Bicos (Camaquã), Yy rupa (Terra de Areia) tekoá Pindó poty (Porto Alegre), dentre outras. As plantas tem sido doadas pelo Viveiro do Jardim Bota?nico da SEMA/RS. Algumas doações também foram feitas pelo Horto Florestal do Litoral Norte e pela Organização não governamental Ação Nascente Maquiné (ANAMA).
Outra frente em construção é a elaboração de projetos ambientais em aldeias indígenas com recursos de reposição florestal obrigatória (RFO) de empresas licenciadas, com o objetivo de apoiar ações para a restauração ecológica junto às áreas indígenas a partir do fortalecimento dos conhecimentos etnoecológicos e do diálogo intercultural. Dentre os projetos, estão sendo executados: “Restauração Ecológica com Agroflorestas em Áreas Indígenas no Rio Grande do Sul”, com passivo da empresa TESB-CEEE, sob execução do CTI (Centro de Trabalho Indigenista).Também estão sendo iniciados a execução dos projetos “Reflorestamento, viveirismo comunitário e agricultura indígena em aldeias Mbyá Guarani do Território Litoral Norte do RS”, sob execução da Associação de Estudos e Projetos com Povos Indígenas e Minoritários (AEPIM) e com recursos do passivo da RGE Sul Distribuidora de Energia; bem como o projeto “Reposição Florestal Obrigatória na Aldeia Indígena Van ka localizada no Lami/Porto Alegre, da etnia Kaingang”, a partir da empresa Hospital de Clinicas de Porto Alegre.
No ano de 2018, foram emitidas duas certificações agroflorestais e de extrativismo sustentável pela Divisão de Licenciamento Florestal (DLF) em aldeias indígenas. Uma delas na aldeia Guyrá nhendu (Som dos Pássaros), no município de Maquiné, com foco no extrativismo dos frutos da palmeira juçara (Euterpe edulis), sendo esta a primeira certificação agroflorestal em aldeia indígena. A outra de viveirismo artesanal na aldeia Pindó Mirim, a fim de auxiliar na regularização e no fortalecimento do viveiro artesanal de orquídeas implementado na aldeia.