Projeto de escola municipal de Taquara é selecionado para a etapa nacional da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Proposta sobre gestão de resíduos vence etapa estadual e representará o Estado em Brasília com outras 18 escolas selecionadas
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A etapa estadual da 6ª Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente encerrou, nesta quarta-feira (13/8), com a escolha do projeto que representará o Rio Grande do Sul na fase nacional, em Brasília, no mês de outubro. O projeto “O lixo que geramos é o Futuro que queremos?” da Escola municipal de ensino fundamental Zeferino Vicente Neves Filho, do município de Taquara, foi a iniciativa com maior pontuação dos avaliadores em critérios como: pertinência ao tema, clareza, relevância social e viabilidade de execução. Na ocasião, também houve a escolha de mais 18 delegados de escolas da rede pública municipal e estadual que integrarão a comitiva gaúcha.
Ághata Plocharski (13 anos), aluna responsável pela proposta vencedora, comemorou a seleção do projeto. “Nos reunimos na escola, conversamos com a comunidade, foi dinâmico e divertido, fiquei feliz em poder participar. E agora, saber que vamos para a etapa nacional, ficando em primeiro lugar, me deixa ainda mais feliz”, destacou.
Realizada nos dias 12 e 13 de agosto, a etapa estadual reuniu 80 escolas públicas — 40 da rede estadual e 40 da rede municipal, em torno do tema Vamos transformar o Brasil com Educação e Justiça Climática. A escolha dos projetos e dos representantes do Estado foi feita pelos próprios alunos, reafirmando o protagonismo infantojuvenil como eixo central da conferência. Para garantir a equidade e o respeito à diversidade, são garantidas vagas para estudantes indígenas, quilombolas, do campo e com necessidades especiais.
A conferência no Rio Grande do Sul é organizada pela Comissão Organizadora Estadual (COE), coordenada pelo Governo do Estado por meio da Secretaria da Educação (Seduc), com participação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O evento conta com o apoio do Ministério da Educação (Mec), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
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Incentivo à reflexão
Além da apresentação dos trabalhos, o segundo dia da conferência teve como foco as oficinas com os estudantes, com o objetivo de propor soluções concretas e contextualizadas para os desafios ambientais de seus territórios.
A oficina Territórios Saudáveis – Sementes que Transformam, promovida pela Sema por meio da Assessoria de Educação para a Sustentabilidade, incentivou os jovens a refletirem sobre a importância do plantio e da conservação ambiental. Os estudantes produziram “bombas de semente” com diversas espécies – nativas, flores e temperos – que serão levadas para serem plantadas e acompanhadas nas proximidades de onde vivem.
Caroline Bialsa (13 anos), estudante da Escola de Ensino Fundamental Espírito Santo, de Horizontina, contou que pretende plantar as sementes na escola, junto com os colegas.
“Espero poder compartilhar com a minha escola o que estamos aprendendo aqui. Mudamos de espaço recentemente e estamos deixando com a nossa cara. Agora temos uma área verde e quero plantar as sementes lá. Sempre gostamos da parte de pesquisa e meio ambiente”, afirmou Caroline.
Mariela Secchi, coordenadora de Educação para Sustentabilidade da Sema, explicou a importância de atividades práticas para a conservação e conscientização. “Ações como essas fazem com que crianças e jovens participem ativamente da preservação da biodiversidade. Quando há uma atividade prática, eles se sentem parte do processo e isso se torna mais palpável, fazendo com que eles levem essas práticas positivas para a vida e as multipliquem”, destacou.

Seleção dos projetos
A etapa estadual contou com a participação de 80 escolas selecionadas a partir de 273 trabalhos inscritos, provenientes de escolas públicas de diversas regiões do Rio Grande do Sul. O processo de seleção ocorreu em duas etapas complementares: análise documental e cumprimento dos critérios previstos no regulamento; e análise de critérios como pertinência ao tema, clareza, relevância social e viabilidade de execução.
A secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, participou da abertura da conferência. “Foi uma honra falar para uma plateia de futuros líderes na 6ª Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. A educação transforma — foi ela que mudou minha trajetória, abriu portas e despertou sonhos. Seguir aprendendo é o maior investimento que podemos fazer em nós mesmos e no em nosso futuro. Nunca é um desperdício estudar. Ao falar sobre meio ambiente, educação e juventude, plantamos sementes para um mundo melhor, e espero que essa nova geração siga acreditando no poder do conhecimento para transformar a realidade”.
Texto: Tamires Tuliszewski / Ascom Sema