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Prêmio Sema-Fepam de Jornalismo Ambiental recebe troféus produzidos por apenados do Complexo Prisional de Canoas

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Secretários em pé recebendo dos apenados os trófeus numa entrega simbólica.
Projeto reafirmou a parceria entre a Sema e a SSPS na fusão ambiental e social. - Foto: Manu Oliveira
Por Felipe Martins - Ascom/Sema

Em cerimônia ocorrida na tarde desta quarta-feira (18/10), a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) recebeu da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), por meio da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), os troféus produzidos por apenados do Complexo Penitenciário de Canoas, que premiarão os vencedores do Prêmio Sema-Fepam de Jornalismo Ambiental 2023. O secretário de SSPS, Luiz Henrique Viana fez a entrega solene à secretária da Sema, Marjorie Kauffmann.

Nesta edição, o prêmio de jornalismo reafirma a parceria que une as pautas ambiental e social na utilização de mão de obra prisional. Desta vez, foram confeccionadas 35 peças com material reaproveitado de lixo eletroeletrônico recebido por empresas parceiras do Estado. O trabalho foi realizado por sete apenados que produziram as peças durante as Oficinas de Trabalho Sustentável (OTS).

Segundo a titular da Sema, o Prêmio surgiu em 2021 para valorizar o material jornalístico que dá visibilidade às boas práticas ambientais. “A reverência dessas matérias, por meio de premiação, serve de incentivo para novas produções e faz com que a sociedade replique os bons exemplos de proteção ambiental. Esse trabalho de utilização de mão de obra dos apenados, que é um projeto circular sustentável, transforma o lixo recolhido pelo Governo em arte que premia a boa comunicação”, afirmou Marjorie.

A atividade laboral faz com que as pessoas privadas de liberdade transformem suas vidas, sintam-se pertencentes ao mundo e possibilita uma reinserção social mais adequada”, disse o secretário Viana.

Alguns troféus em foco posicionados em cima de mesa. O quero-quero tem predominância na cor prata, com hastes de metal simulando as patas, mini motores para o corpo e peças de disco rígido de pc para as asas.
Recicláveis de eletroeletrônicos serviram de matéria-prima na produção dos quero-queros. - Foto: Manu Oliveira
A ave quero-quero reproduzida nos troféus, um dos símbolos do Rio Grande do Sul, compõe a logomarca do prêmio. Para a produção foram utilizadas peças de computadores e eletrodomésticos como disco rígido, motores elétricos, hastes de impressoras e fios de cobre. “Somos em sete artesãos e trabalhamos de forma coletiva e participativa para a confecção de cada troféu. Todo o processo, que levou cerca de 30 dias, foi artesanal e com uso de apenas uma furadeira como ferramenta. Ficamos felizes com o resultado e em poder transformar nossa atividade em algo positivo”, concluiu o apenado E.U.

Desde 2019, o Complexo de Prisional de Canoas assina Termos de Cooperação com empresas privadas para a promoção de trabalho com a utilização de mão de obra prisional. Além da remuneração no valor de 75% do salário-mínimo, efetuada pelas empresas, os reclusos têm redução de pena. A cada três dias trabalhados, será remido um dia de pena. Atualmente, cerca de 900 presos, de um total de 2.380, que cumprem pena no complexo, têm alguma atividade laboral.

Os troféus serão entregues aos finalistas do prêmio e às instituições apoiadoras durante evento que ainda terá a data divulgada.

Acompanhe aqui as informações do Prêmio Sema-Fepam de Jornalismo 2023.

 

Sema - Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura