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Novas ferramentas vão auxiliar gestão de riscos de desastres naturais no Vale do rio Rolante

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Diretor do DRH/Sema, apresentando diagnóstico preliminar sobre as chuvas e os deslizamentos
Diretor do DRH/Sema, apresentando diagnóstico preliminar sobre as chuvas e os deslizamentos

A região de Rolante, atingida por uma enxurrada no último dia 5, contará com nova estação de monitoramento hidrometereológico (chuvas e nível de rios), prevista para o próximo mês. A medida foi definida nesta quarta-feira (25), pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) e prefeituras locais, durante a apresentação do Diagnóstico preliminar (.pdf 21,90 MBytes) da área afetada pelas chuvas, feito pelo Departamento de Recursos Hídricos da Sema, em parceria com o Grupo de Pesquisa em Desastres Naturais, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas, da UFRGS.

Além da nova estação de monitoramento, outras ações foram realizadas, com o objetivo de aumentar o controle sobre eventos naturais extremos. Houve a capacitação de um técnico da prefeitura para utilizar o decreto de desassoreamento pelo Sistema de Outorga de Água do Estado (Siout), desenvolvido pela Sema.

Para os meses de fevereiro e março foi agendada a continuidade do levantamento de campo pelo DRH/Sema e GPDN/IPH/UFRGS. As atividades ocorrerão em conjunto com o projeto de recuperação das margens, das prefeituras de Rolante e Riozinho, que terá apoio técnico da Sema.

A comunidade, também participará por meio do Corpo de Bombeiros Voluntários, auxiliando na instalação da nova estação. Já a prefeitura de São Francisco de Paula vai apoiar na identificação de pontos para a rede de pluviômetros.

Porque ocorreu o alagamento

Os técnicos do DRH/Sema apontam o volume de detritos acumulado no rio Mascarada como a causa do alagamento ocorrido no município de Rolante. na ocasião, em São Francisco de Paula, município vizinho, choveu mais de 130 milímetros, em menos de duas horas, de forma muito concentradas em dois pontos. De acordo com relatos de medições de agricultores locais, o volume pode ter ultrapassado os 250 milímetros. Com isto, pedras, solo, árvores e galhos foram carregados para o rio, formando uma barragem natural que, ao romper, ocasionou a enxurrada.

Conforme o diretor do DRH/Sema, Fernando Meirelles, sua equipe descartou o açude rompido na ocasião, localizado no distrito de Rincão dos Kroeff, como motivador do alagamento em Rolante, em função de seu tamanho.

A visita técnica

Os técnicos do DRH/Sema e do GPDN/IPH/UFRGS, acompanhados do Batalhão Ambiental da Brigada Militar, realizaram sobrevoos e expedições por terra na região de São Francisco de Paula e Rolante, atingidas por fortes chuvas.

Imagens de satélite do antes e depois da região dos deslizamentos
Imagens de satélite do antes e depois da região dos deslizamentos

A equipe foi divida em três grupos para a realização de: troca de informações com a população de Rolante e levantamento da mancha de inundação, que é a área atingida pela enxurrada; levantamento dos pluviômetros dos agricultores da região dos deslizamentos; e mapeamento dos deslizamentos. Durante a operação, os técnicos contaram com a colaboração da Defesa Civil de São Francisco de Paula, da população de Rolante e das prefeituras desses municípios.

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