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Cientista italiano fala, em Porto Alegre, sobre desenvolvimento sustentável

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Na quarta feira, dia 7 de agosto, o cientista italiano Francesco Di Castri, um dos organizadores da Rio92 pela Unesco (chefiou a delegação), fará a palestra “Desenvolvimento Sustentável na Sociedade de Informação: uma reflexão após 10 anos da Rio 92”. O evento será realizado no auditório do Hotel Continental (Largo Vespasiano Veppo, 77), às 19h. A promoção é da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, das secretarias municipais do Meio Ambiente e de Planejamento de Porto Alegre e do Fórum Latino-americano de Ciências Ambientais (FLACAM).

Di Castri recebeu distinções de diversos países ao longo das suas mais de quatro décadas de carreira. Algumas delas: o Prêmio Global 500, conferido pelas Nações Unidas, Doutor Honoris Causa pela Universidade de Helsinki, e a Comenda da Ordem da República Italiana. Atualmente, o cientista exerce inúmeras funções, como a de Diretor de Pesquisa do Centro Nacional Francês para a Investigação Científica.

Ele também integra o restrito grupo de 12 pessoas – World Think Tank – que assumiu a tarefa de avaliar os efeitos mundiais sobre o desenvolvimento e o ambiente do ataque terrorista realizado em 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Di Castri participou de várias expedições em inúmeros países, entre eles o Chile, onde recebeu diversos prêmios e explorou o deserto do Atacama. Tem mais de 40 obras publicadas, das quais as mais significativas são “A ecologia. Os desafios de uma ciência em tempos de crise” e “Invasões biológicas: uma perspectiva global”.
No seu texto “Os três paradoxos do desenvolvimento sustentável”, o cientista afirma que:

? O primeiro paradoxo é a desproporção que existe, por um lado, entre a popularização e a difusão quase explosiva deste termo a partir de 1992 e, por outro lado, sua debilidade conceitual e operacional;
? O segundo paradoxo deriva da divergência que existe entre a enorme quantidade de planos, projetos, reuniões e conferências, promessas e documentos oficiais sobre o desenvolvimento sustentável e sobre a Agenda 21, por parte dos governos e a exigüidade de relações concretas neste terreno;
? O terceiro paradoxo é que, apesar do ceticismo reinante - que é quase geral, há cada vez mais exemplos concretos em todo o mundo de verdadeiro desenvolvimento sustentável, ainda que muitos não sejam conhecidos nem por seus governos nem pelos pesquisadores e, às vezes, não se inspirem na semântica “sustentável”.
Por fim, Di Castri conclui: “A inserção das inovações sobre culturas que mantêm sua especificidade e vitalidade, como também a defesa e valorização da sua própria identidade, mas com o respeito, a curiosidade, a abertura e a interação com a cultura dos outros, são as duas condições para acrescentar as diversidades do mundo e para enfrentar, assim, o desafio do desenvolvimento sustentável na sociedade global da informação”.
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