RIO+10: lançada rede mundial de governos regionais
Publicação:
Joanesburgo, África do Sul - Foi lançada na tarde desta terça-feira (03/09) a Rede de Governos Regionais. Participaram representantes de vários países, em um total de 23 governos estaduais ou provinciais, que somam cerca de 150 milhões de habitantes. O objetivo básico da Rede é a troca de experiências relativas a implementação de projetos e modelos de desenvolvimento sustentável, observando sempre os princípios da Agenda 21, e das declarações do Rio e do Milênio (Nações Unidas). Na ocasião, foi divulgada a chamada Declaração de Gauteng.
O texto traz uma serie de recomendações, como a de que "o desenvolvimento sustentável deve integrar objetivos econômicos, sociais e ambientais, de forma a criar as melhores condições para o desenvolvimento humano no presente e para o futuro". Alem disso, a declaração pede para que "seja reconhecido o papel dos governos regionais na implementação dos acordos multilaterias adotados pelas nações". Participaram do lançamento da rede governantes da Austrália, da Espanha, Alemanha, Argentina, Bélgica, África do Sul, Reino Unido, Finlândia, Estados Unidos, Canada, Franca, Itália, Indonésia e Austrália.
Pelo Brasil, estiveram presentes secretários de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Amazonas e Rio de Janeiro. A Rede deverá ter em breve uma página na rede mundial de computadores, que abrigará experiências bem sucedidas na área do desenvolvimento sustentável. Uma reunião do grupo deve se realizar em março na cidade de San Sebastian, no Pais Basco (Espanha). A Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente) e responsável pela divulgação da iniciativa e também pelo convite de outros governos regionais da América Latina e Caribe.
Governo brasileiro define projeto para preservação da Amazônia
Amazônia - O governo brasileiro efetivou hoje o projeto Arpa (Programa de Áreas Protegidas da Amazônia). O ambicioso plano prevê que pelo menos 50 milhões de hectares da Amazônia estejam protegidos até 2012 (12% da área total da região). Para tanto, serão necessários recursos da ordem de US$ 395 milhões. As verbas para a primeira fase do projeto, somando US$ 81,5 milhões, já estariam asseguradas por meio de parceria entre Brasil e WWF, Banco Mundial e Fundo Ambiental Global. Participaram da cerimônia os presidentes do WWF, Claude Martin; do Banco Mundial, James Wolfenson; do Fundo Ambiental Global, Mohammed El-Ashry.
O presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, disse que o pais esta dando o exemplo de como e possível preservar áreas naturais, e que espera um "uso econômico saudável" para a região amazônica, já que, segundo ele, "não existe preservação isolada, mas sim de forma sistêmica e integrada com as comunidades locais". Quanto a falta de avanços na Rio+10, ele disse que se deve avançar com parceiros dispostos a tanto, sem esperar por consensos globais". Ashry ressaltou que a proteção da maior reserva de florestas tropicais do globo "é bom para o Brasil e bom para o mundo", lembrando da biodiversidade única e da função de controle climático exercida pela floresta amazônica.
O secretário de Meio Ambiente do Amapá, Antonio Farias, membro da Abema, espera que esse programa atenda os anseios das comunidades no entorno das áreas
de preservação, "trazendo emprego, renda, e infra-estrutura. O Estado é totalmente favorável a implementação dessas áreas, mas temos alguns problemas com governos locais, que tiveram experiências negativas com projetos que não observavam também as questões sociais", disse. O Amapá abriga o maior parque de floresta tropical do planeta, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com mais de 38 mil quilômetros quadrados, recentemente criado.
Financiamentos - O presidente venezuelano Hugo Chavez discursou hoje para organizações não - governamentais de várias regiões do globo presentes a Rio+10. Chavez criticou a falta de maiores repasses financeiros dos países ricos às nações em desenvolvimento, recomendou que o dinheiro do narcotráfico e da corrupção global fosse recuperado, e também que as livres transações financeiras em nível mundial fossem taxadas. Todo esse dinheiro seria revertido a um fundo humanitário internacional. Segundo ele, a falta de recursos é uma das causas da ampliação da pobreza, "esse monstro de mil cabeças". Para Chavez, "é preciso dar poder aos povos pobres, marginalizados e explorados por muitos e muitos anos. Podemos falar e propor muitas coisas em Joanesburgo, como eu mesmo fiz hoje, mas a tarefa de todos é exigir recursos, ter consciência, tomar decisões e agir. Só os povos poderão faze-lo".
A Venezuela, grande produtora de petróleo, preside o G-77, que reúne mais de 130 países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Na Rio+10, o grupo rejeitou a proposta energética brasileira, que propunha 10% de energias renováveis no planeta ate 2010.
O texto traz uma serie de recomendações, como a de que "o desenvolvimento sustentável deve integrar objetivos econômicos, sociais e ambientais, de forma a criar as melhores condições para o desenvolvimento humano no presente e para o futuro". Alem disso, a declaração pede para que "seja reconhecido o papel dos governos regionais na implementação dos acordos multilaterias adotados pelas nações". Participaram do lançamento da rede governantes da Austrália, da Espanha, Alemanha, Argentina, Bélgica, África do Sul, Reino Unido, Finlândia, Estados Unidos, Canada, Franca, Itália, Indonésia e Austrália.
Pelo Brasil, estiveram presentes secretários de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco, Amazonas e Rio de Janeiro. A Rede deverá ter em breve uma página na rede mundial de computadores, que abrigará experiências bem sucedidas na área do desenvolvimento sustentável. Uma reunião do grupo deve se realizar em março na cidade de San Sebastian, no Pais Basco (Espanha). A Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente) e responsável pela divulgação da iniciativa e também pelo convite de outros governos regionais da América Latina e Caribe.
Governo brasileiro define projeto para preservação da Amazônia
Amazônia - O governo brasileiro efetivou hoje o projeto Arpa (Programa de Áreas Protegidas da Amazônia). O ambicioso plano prevê que pelo menos 50 milhões de hectares da Amazônia estejam protegidos até 2012 (12% da área total da região). Para tanto, serão necessários recursos da ordem de US$ 395 milhões. As verbas para a primeira fase do projeto, somando US$ 81,5 milhões, já estariam asseguradas por meio de parceria entre Brasil e WWF, Banco Mundial e Fundo Ambiental Global. Participaram da cerimônia os presidentes do WWF, Claude Martin; do Banco Mundial, James Wolfenson; do Fundo Ambiental Global, Mohammed El-Ashry.
O presidente brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, disse que o pais esta dando o exemplo de como e possível preservar áreas naturais, e que espera um "uso econômico saudável" para a região amazônica, já que, segundo ele, "não existe preservação isolada, mas sim de forma sistêmica e integrada com as comunidades locais". Quanto a falta de avanços na Rio+10, ele disse que se deve avançar com parceiros dispostos a tanto, sem esperar por consensos globais". Ashry ressaltou que a proteção da maior reserva de florestas tropicais do globo "é bom para o Brasil e bom para o mundo", lembrando da biodiversidade única e da função de controle climático exercida pela floresta amazônica.
O secretário de Meio Ambiente do Amapá, Antonio Farias, membro da Abema, espera que esse programa atenda os anseios das comunidades no entorno das áreas
de preservação, "trazendo emprego, renda, e infra-estrutura. O Estado é totalmente favorável a implementação dessas áreas, mas temos alguns problemas com governos locais, que tiveram experiências negativas com projetos que não observavam também as questões sociais", disse. O Amapá abriga o maior parque de floresta tropical do planeta, o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, com mais de 38 mil quilômetros quadrados, recentemente criado.
Financiamentos - O presidente venezuelano Hugo Chavez discursou hoje para organizações não - governamentais de várias regiões do globo presentes a Rio+10. Chavez criticou a falta de maiores repasses financeiros dos países ricos às nações em desenvolvimento, recomendou que o dinheiro do narcotráfico e da corrupção global fosse recuperado, e também que as livres transações financeiras em nível mundial fossem taxadas. Todo esse dinheiro seria revertido a um fundo humanitário internacional. Segundo ele, a falta de recursos é uma das causas da ampliação da pobreza, "esse monstro de mil cabeças". Para Chavez, "é preciso dar poder aos povos pobres, marginalizados e explorados por muitos e muitos anos. Podemos falar e propor muitas coisas em Joanesburgo, como eu mesmo fiz hoje, mas a tarefa de todos é exigir recursos, ter consciência, tomar decisões e agir. Só os povos poderão faze-lo".
A Venezuela, grande produtora de petróleo, preside o G-77, que reúne mais de 130 países em desenvolvimento, inclusive o Brasil. Na Rio+10, o grupo rejeitou a proposta energética brasileira, que propunha 10% de energias renováveis no planeta ate 2010.