O RS e a resiliência climática: como o Estado avança para mitigar as suas emissões
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A pauta climática está entre os temas centrais desta gestão do governo do Rio Grande do Sul. As iniciativas em andamento visam a redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) pensando no meio ambiente, na saúde da população e na preservação do planeta.
Os projetos em busca da neutralidade de carbono até 2050 estão sob a coordenação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e sua Assessoria do Clima.
“O tema resiliência climática se tornou ainda mais latente após a sequência de eventos climáticos que vem atingindo o nosso Estado. Mas garantimos que nós estamos avançando em políticas para cumprir nossos compromissos”, afirmou a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann.
O Avançar na Sustentabilidade, lançado em 2022, conta com recursos inéditos para a área ambiental. Dos R$ 193 milhões para o meio ambiente, o maior montante, R$ 115 milhões, é para projetos do clima.
O Plano de Conformidade Climática, em fase final de contratação de uma consultoria que desenvolverá o projeto, tem o objetivo de realizar diagnósticos territoriais, definir metas, elaborar planos para reduzir as emissões e promover estratégias de adaptação, até se chegar à uma legislação específica para a Política de Mudança do Clima.
Nessa quinta-feira (14/9), a Sema lançou o edital para selecionar projetos de pesquisa para o monitoramento de GEE em campos e florestas, que contará com verbas em torno de R$ 15 milhões do Avançar e execução em parceria com a Fapergs, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul.
O RS também aguarda o contrato para a assinatura do projeto Roadmap Climático, selecionado para receber recursos internacionais. O sistema irá consolidar informações municipais e monitorar o progresso das ações em andamento.
O hidrogênio verde (H2V) é outro caminho visto pelo Governo do Estado como fundamental para a transição energética e a redução das emissões. Em fevereiro deste ano, ocorreu o lançamento dos estudos que mapearam os potenciais da produção e do uso do H2V no Estado. Além dos benefícios climáticos, até 2040 o novo energético poderá proporcionar uma alta de aproximadamente R$ 62 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) e 41 mil novos empregos.
Com o objetivo de mitigar os impactos sofridos pelo clima e ocupação do solo, está em curso o programa Revitalização de Bacias Hidrográficas, que conta com recursos do Avançar (R$ 1 milhão) e do Ministério do Desenvolvimento Regional (R$ 4,5 milhões). O projeto prevê a recuperação matas ciliares e de nascentes, renaturalização de bacias, saneamento básico, gestão de águas subterrâneas e intervenções para a regularização de vazões.
Unindo a sociedade nas discussões climáticas, a Sema deu força ao Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas (FGMC), que teve sua primeira reunião no ano de 2022 e já realizou cinco encontros. O FGMC promove a discussão e a proposição de ações governamentais voltadas para a mitigação, minimização e adaptação às mudanças climáticas globais.
“O fórum desempenha um papel fundamental na coordenação e na promoção de ações relacionadas às mudanças climáticas, envolvendo diversos atores e setores para enfrentar esse desafio global de maneira abrangente e eficaz”, afirmou Daniela de Lara, coordenadora da Assessoria do Clima da Sema.
A série de ações já deu ao Rio Grande do Sul o status dos dez estados que mais atingiram as metas climáticas, segundo dados da Associação Brasileira de Entidades Estaduais do Meio Ambiente (Abema).
“O resultado reforça o nosso comprometimento em relação aos compromissos climáticos assumidos. Vamos seguir trabalhando para melhorar cada vez mais esses resultados. Queremos ser um exemplo para o país”, destacou Marjorie.
Clique aqui e confira a linha do tempo das ações relacionadas ao clima.
Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema