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No Dia da Mata Atlântica, Sema aponta redução do desmatamento no Rio Grande do Sul

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Mata Atlântica faz parte dos campos de altitude, um dos ecossistemas do bioma
Mata Atlântica faz parte dos campos de altitude, um dos ecossistemas do bioma - Foto: Ketulyn Füster

Nesta quarta-feira (27/05) é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica. O bioma representa 15% do território brasileiro, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Nos últimos anos, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) verificou uma redução de 15% no desmatamento desse bioma no Rio Grande do Sul. Os dados foram retirados de relatórios da Fundação SOS Mata Atlântica, que monitora 17 estados.

Para manter o desenvolvimento e o uso sustentável dos recursos naturais, a Sema e a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) adotam uma série de ações e iniciativas de manutenção e recuperação dos ecossistemas. Em 2020, foi publicada a Portaria conjunta Sema e Fepam nº 03/2020, que dispõe sobre os critérios e procedimentos para o termo de cooperação entre Estado e municípios para a gestão da flora nativa no bioma Mata Atlântica.

Conforme o secretário Artur Lemos Júnior, uma das iniciativas em destaque é a delegação de competência da gestão florestal para os municípios. “Aproximadamente 300 cidades estão envolvidas, trabalhando de forma conjunta conosco, órgãos reguladores. Mas é fundamental destacar que a proteção é um dever de todos. Cada um é responsável por fiscalizar e monitorar. É essa atuação compartilhada que beneficia o meio ambiente e, em contrapartida, coloca nosso Estado em uma posição de desenvolvimento”, destaca.

Para monitorar e centralizar as informações, foi adotado o sistema Nacional de Controle da Origem de Produtos Florestais (Sinaflor). O programa tem como objetivo o manejo da exploração florestal nativa.

Para a presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, debater melhorias é o melhor caminho para unificar desenvolvimento e proteção. “Nesta gestão a desburocratização tem feito a diferença. Criar canais diretos com empreendedores e gestores municipais tem contribuído com a preservação do meio ambiente e orientado os gestores públicos em caminhos assertivos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul”.

Além disso, das 23 Unidades de Conservação (UCs) mantidas pela Sema, cerca de 19 estão inseridas no bioma Mata Atlântica ou em áreas de transição. Desta forma, outras ações estão em andamento: Regularizaçãofundiária de UCs, medidas compensatórias para implementação de UCs cadastradas no Sistema Estadual de Unidades de Conservação (Seuc), promoção do uso público de UCs e Primeiro Plano de Uso Público publicado – PE Itapeva.

Fiscalização contínua

Uma das atividades necessárias para a manutenção da preservação ambiental, são as ações de fiscalização. Além de fazerem parte do Sistema Estadual de Proteção Ambiental, a Sema e a Fepam integram o Programa Nacional Operação Mata Atlântica em Pé, que ocorre anualmente.

No ano de 2019, foram constatados 76 hectares de desmatamento de Mata Atlântica nas 29 áreas fiscalizadas em onze municípios gaúchos.

Ações de proteção

Entre os programas realizados pela Sema para preservação da Mata Atlântica, está o cumprimento da reposição florestal obrigatória para recuperação de áreas prioritárias do bioma, a promoção do uso sustentável da flora nativa por meio da Certificação Florestal e o Programa Estadual de Controle de Espécies Exóticas Invasoras, além da participação no Gef Pró-Espécies e atualização da lista de espécies ameaçadas de extinção.

A Mata Atlântica

De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o bioma Mata Atlântica é considerado um Patrimônio Nacional e apresenta uma biodiversidade oito vezes maior do que a da Amazônia, sendo refúgio para inúmeras espécies de fauna e flora, incluindo espécies ameaçadas de extinção. 

O MMA estima que nela existam cerca de 20 mil espécies vegetais - 35% das espécies existentes no Brasil -, além de ser uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade. Além disso, fornece serviços ecossistêmicos essenciais para 145 milhões de brasileiros.

Originalmente, o bioma ocupava mais de 1,3 milhão de km² em 17 estados. Porém, devido à ocupação e atividades humanas na região, atualmente restam cerca de 30% de sua cobertura original.

A data escolhida é uma referência a 27 de maio de 1560, quando o Padre Anchieta assinou a Carta de São Vicente, documento no qual descreveu, pela primeira vez, a biodiversidade das florestas tropicais nas Américas.

Texto: Bárbara Corrêa

Edição: Vanessa Trindade

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