Lista da flora ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul terá consulta pública
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Uma das últimas etapas da revisão da lista das espécies da flora ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul ocorre a partir da próxima semana, entre os dias 26 de agosto e 26 de setembro. Trata-se da consulta pública que poderá acessada pelo site www.fzb.rs.gov.br. O objetivo é apresentar o resultado do trabalho que avaliou o estado de 1.245 espécies de plantas e receber contribuições da sociedade. As sugestões colhidas serão analisadas, e a versão final da lista será publicada no Diário Oficial do Estado.
A revisão da lista teve a coordenação da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) e da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e envolveu, diretamente, 77 especialistas vinculados a 27 instituições que enquadraram 772 espécies vegetais em uma das categorias de ameaça de extinção. A partir de 1º de janeiro de 2014 (portaria 43 do Ministério do Meio Ambiente) a avaliação de risco de extinção de espécies no território nacional deve empregar os critérios e categorias definidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês).
Grupos Avaliados
Angiospermas: compõem o maior número de espécies. São plantas que formam flor e semente envolvida por fruto - ex.: a imbuia, o palmito e o butiá.
Gimnospermas: espécies com sementes nuas e sem formação de frutos - ex.: a araucária e o pinheiro-bravo.
Pteridófitas: planta formadora de esporos, preferem lugares úmidos e sombreados - ex.: as samambaias e xaxins.
Briófitas: plantas avasculares de pequenas dimensões que preferem lugares úmidos e sombreados - ex.: os musgos.
Tecnologia
Para coletar os dados através da web foi desenvolvido um novo sistema. O Live é uma ferramenta digital operada via web, desenvolvido conjuntamente pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e Procergs, para auxiliar na elaboração e revisão de listas de espécies ameaçadas de extinção, permitindo documentar e gerenciar todas as etapas do processo de organização das chamadas listas vermelhas.
Texto: Neemias Freitas/FZB