Os nomes das 261 espécies de animais ameaçados de extinção no Estado estarão disponíveis ao público a partir do dia 14 de junho, quando a Fundação Zoobotânica do RS apresentará durante a programação da Semana Estadual do Meio Ambiente a "Lista das Espécies de Fauna em Extinção no Rio Grande do Sul". O lançamento da publicação será às 9h30min, no Centro de Visitantes do Jardim Botânico (Av. Salvador França, 1427).

Este é resultado de um trabalho de dois anos, realizado por 43 zoólogos de 19 instituições diferentes, envolvendo 127 pesquisadores colaboradores. Os animais contidos na lista estão divididos em nove grupos: esponjas, moluscos, crustáceos, insetos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Dentro de cada grupo, as espécies estão divididas em cinco categorias: regionalmente extinta, provavelmente extinta, criticamente em perigo, em perigo e vulnerável. O grupo mais ameaçado é o das aves, responsável por 128 das 261 espécies incluídas na lista. Duas dessas espécies já estão extintas no Estado e oito têm decretadas sua provável extinção.

Pelos critérios utilizados, uma espécie é considerada regionalmente extinta quando não há qualquer dúvida razoável de que seu último representante no Estado tenha morrido ou desaparecido. Já a categoria "provavelmente extinta" é utilizada quando, após exaustivos levantamentos em hábitats conhecidos e potenciais nenhum indivíduo vivo é encontrado.

Segundo estudos citados na publicação, estima-se que durante o século XX, a taxa de extinção de espécies tenha sido 100 vezes maior do que a que existia antes do aparecimento do homem. Na tentativa de refrear o ritmo atual de extinções, desde 1966, várias iniciativas internacionais passaram a identificar as espécies em maior risco de desaparecimento, buscando estabelecer prioridades de pesquisa e conservação.

No Brasil, o Rio Grande do Sul é o quinto estado a elaborar uma lista desse tipo, possibilitando às espécies ameaçadas uma proteção legal especial. A pesquisa faz parte do Projeto Livro Vermelho, coordenado pelo Museu de Ciências e Tecnologia da Pontifícia Universidade Católica do RS, com o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), através da Fundação Zoobotânica do RS.

O projeto "Livro Vermelho" tem como objetivo, além de identificar as espécies em risco, apontar as principais ameaças a que elas estão sujeitas e indicar ações para a sua conservação, gerenciando as informações através de uma base de dados permanentemente atualizável.

Além da lista, o projeto prevê a elaboração de um livro sobre o assunto.