Entre as diversas áreas de atuação em conservação ambiental da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), destacam-se programas e ações de proteção específica para a flora do Rio Grande do Sul. Em 2024, a Sema registrou um aumento de 42% nos investimentos em Compensação Ambiental para projetos técnicos de Reposição Florestal Obrigatória (RFO) em relação ao ano anterior, totalizando mais de R$ 12 milhões.

No ano passado, a Secretaria atingiu a marca de 26,5 mil mudas plantadas em 150 hectares (ha) de diversas regiões do Estado e 1.528 ha aprovados para serem recuperados via Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas ou Alteradas (PRAD).

A maior parte desse trabalho é feita pelo Programa de Revegetação Nativa do Rio Grande do Sul (Proveg-RS), coordenado pela Divisão de Flora da Sema. O Proveg-RS ajuda a restaurar e conservar a vegetação nativa no estado, melhorando os ambientes naturais e recuperando áreas que foram danificadas. Além disso, contribui para a conservação dos ambientes nativos, sua biodiversidade, funções e serviços ecossistêmicos.

O apoio à Cadeia Produtiva da Restauração também foi destaque em 2024. A Sema executou o mapeamento de 138 matrizes de árvores que fornecem material para propagação, como sementes, estacas ou gemas de espécies nativas concluindo, assim, o projeto do banco de sementes no Jardim Botânico.

Com os dados positivos do ano de 2024 em relação às pesquisas e projetos voltados à flora gaúcha, as perspectivas para o ano de 2025 são positivas. Já nas primeiras semanas do ano, uma equipe de biólogos esteve presente na região do Parque Eólico da Coxilha Negra, em Santana do Livramento, realizando o trabalho de pesquisa e coleta de sementes de espécies herbáceas e arbustivas, como mais uma ação de pesquisa e levantamento de dados do campo gaúcho.

“Essas ações de campo nos permitem conhecer melhor a flora, fazer a correta identificação das plantas e implementar os cuidados de cultivo e pesquisa, também incrementando as coleções do Jardim Botânico", diz a bióloga da Sema Rosana Singer, curadora das coleções do JB.

Parte das sementes coletadas será utilizada diretamente no viveiro de mudas do Jardim Botânico, e as futuras mudas serão disponibilizadas às pessoas que procuram o JB para adquirir plantas de espécies nativas no setor de vendas.

Outra parte das sementes será armazenada a 5ºC e integrará o Index Seminum, que é o banco de sementes do Jardim Botânico. Todos os lotes de sementes estão disponíveis para projetos de recuperação ambiental, bem como para projetos educacionais e coletivos, tais como trabalhos de Organizações não Governamentais (ONGs) voltadas à conservação e ao incentivo ao viveirismo em aldeias indígenas, além de também estarem disponível para pesquisas científicas.

“Nossos esforços têm sido fundamentais para o aprimoramento das estratégias de preservação e restauração da flora local.Com a continuidade dessas ações, a Sema segue firme na missão de preservar e restaurar a flora, dando passos importantes na conservação do meio ambiente e no fortalecimento da biodiversidade do Estado. Essas ações integram as estratégias de conservação e preservação do governo Rio Grande do Sul, sob a liderança do governador Eduardo Leite”, comenta a Secretária Marjorie Kauffmann.

Para conhecer mais sobre os projetos de conservação de flora, acesse o link.

 Reposição Florestal Obrigatória

A RFO é uma medida legal para compensação ou reparação ambiental pela supressão ou manejo de vegetação nativa. A cada árvore suprimida, o empreendedor precisa compensar as perdas com valores equivalentes a outras 15 mudas.

Conforme a Instrução Normativa Sema n° 001/2018, essa compensação pode ser convertida em projetos ambientais e os empreendedores – que exerçam atividades que caracterizem utilidade pública - podem selecionar qual iniciativa irá receber os recursos.

Compete à Sema, através do Departamento de Biodiversidade, receber as propostas, proceder a análise técnica e divulgar informações sobre os projetos aprovados e disponíveis para receber apoio com recursos de RFO.