Artigo: Uma década decisiva para a biodiversidade
Publicação:
Diego Melo Pereira
Diretor do Departamento de Biodiversidade
Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura
Reconhecer que enfrentamos atualmente uma crise na biodiversidade global, significa dizer que nós, seres humanos, estamos submetidos a um período histórico decisivo para a manutenção da vida no planeta, uma vez que nossa sobrevivência está intrinsecamente ligada à existência de ecossistemas estáveis ??e saudáveis. Cabe a nós, portanto, avaliarmos os efeitos decorrentes das atividades humanas de forma a conciliar as crescentes demandas pelo uso dos recursos naturais com o limite de suporte dos ambientes.
Foi nessa perspectiva que a Convenção da Diversidade Biológica (CDB) foi acordada num tratado da Organização das Nações Unidas (ONU), estabelecendo em seus objetivos atuais a “Estrutura Global de Biodiversidade Pós-2020”. A meta prioritária, até 2050, tem como lema “viver em harmonia com a natureza”, ajustando ações sinérgicas com a Agenda de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, voltadas para a regulação climática e para a oferta de água e de alimentos no propósito da Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030).
Será uma década decisiva para a biodiversidade, momento em que a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura firma seu compromisso com a sociedade gaúcha, empreendendo ações baseadas nos três pilares de sustentação da CDB: a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável dos recursos naturais e a repartição justa dos benefícios decorrentes da utilização dos recursos genéticos.
Engajado nessas estratégias, o Estado do Rio Grande do Sul se destaca em suas políticas públicas, através da implementação de programas e projetos que vão da recuperação da flora nativa ao controle de espécies exóticas invasoras; da conservação de espécies ameaçadas de extinção, à execução de planos de ação para reduzir graus de ameaça; da reabilitação da fauna silvestre, ao manejo adequado das florestas e dos campos nativos, além de monitorar indicadores capazes de mensurar a situação da biodiversidade do Estado, estabelecendo áreas prioritárias para instituição de regime especial de proteção ambiental.
Sem dúvida, enfrentaremos um grande desafio com as novas metas globais que se iniciam. As soluções serão baseadas na proteção da natureza e do planeta, com o incremento do exercício da cidadania e da educação que enfatize a conservação da biodiversidade, o que garantirá qualidade de vida para esta e às futuras gerações.