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Aldeia indígena recebe mudas de espécies nativas por meio de compensação ambiental

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Com a compensação foi possível construir áreas como quintais agroflorestais ao redor das casas, conexão de fragmentos florestais
Com a compensação foi possível construir áreas como quintais agroflorestais ao redor das casas, conexão de fragmentos florestais - Foto: Divulgação/Joana Bassi

Cerca de 1.800 mudas de 40 espécies nativas foram plantadas, no mês de setembro, na aldeia Guajayvi (Guajuvira, em Mbyá-Guarani), localizada no município de Charqueadas. A iniciativa é resultado da compensação ambiental da empresa Queiroz Galvão, com o objetivo de auxiliar na restauração ecológica do espaço por meio da Reposição Florestal Obrigatória (RFO).

A construção do projeto pela empresa é fruto do contato direto com a comunidade indígena, e recebeu o apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Divisão Indígena da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).

Com a compensação foi possível construir quintais agroflorestais ao redor das casas, conexão de fragmentos florestais e formação de um corredor ecológico, a partir do plantio de espécies definidas pelos Mbyá, em especial frutíferas e de uso medicinal/espiritual. De acordo com a representante da Sema no Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI), Joana Bassi, este é o quarto projeto de reflorestamento em aldeias indígenas no RS.

“Também está em desenvolvimento um projeto de restauração ecológica a partir de agroflorestas, executado pela organização não governamental (ONG) Centro de Trabalho Indigenista nas aldeias Guabiju e Guavira Poty, através de uma compensação da Transmissora de Energia Sul Brasileira (TESB-CEEE), bem como o projeto de restauração e controle de espécie exótica invasora na aldeia Kaingang Van ka, em Porto Alegre, implementado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), por meio de compensação ambiental do Hospital de Clínicas”, explica Joana.

Para a equipe da empresa Queiroz Galvão, este projeto é muito importante por permitir à comunidade a manutenção de elementos relacionados à sua cultura, aliando práticas ecologicamente orientadas com os objetivos de desenvolvimento sustentável adotados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Já o cacique da aldeia e coordenador Mbyá-Guarani do CEPI, Cláudio Acosta, reforçou a importância do trabalho das instituições envolvidas e o desejo de novos projetos futuros. 

Reposição Florestal

A Reposição Florestal Obrigatória no RS é uma forma de compensação ambiental originada do corte de vegetação nativa em processos de licenciamento. A Divisão de Flora, vinculada ao Departamento de Biodiversidade da Sema, busca qualificar procedimentos e critérios para a seleção de áreas prioritárias no Estado com a finalidade de direcionar esforços para seu cumprimento. Um dos focos de restauração ecológica têm sido as aldeias indígenas, em um esforço de construção conjunta envolvendo Sema, Divisão Indígena da SEAPDR, CEPI, empresas devedoras de passivo de RFO e indígenas.

Texto: Asscom com colaboração Joana Bassi

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