Na manhã desta quinta-feira (4/7), o Jardim Botânico de Porto Alegre sediou a 35ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Saneamento (Conesan). Sob a liderança do presidente do Conselho, Marcelo Camardelli, o encontro contou com a participação de 14 conselheiros para discutir questões de saneamento no contexto da catástrofe climática que afetou o Estado. 

O início da sessão foi marcado pela aprovação da Ata da 5ª Reunião Extraordinária, seguida pela eleição unânime de Paulo Robinson da Silva Samuel, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), como representante titular no Conselho do Plano Rio Grande, com previsão de mandato de 12 meses. 

Destacando os esforços após as recentes enchentes, Liliani Cafruni, diretora de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), apresentou as ações de restabelecimento do fornecimento de água potável. A companhia enfrentou desafios significativos, recuperando o serviço normal para cerca de 570 mil residências, no auge da crise, até o final de maio. 

A Secretaria Estadual da Saúde (Ses) também teve papel fundamental, por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), coordenando o Programa Vigiagua para garantir a qualidade da água nos municípios afetados. Um Grupo de Trabalho envolvendo diversas entidades assegurou a distribuição e qualidade da água nos abrigos. O engenheiro químico da Cevs, André Jarenkow, apresentou um Painel de Monitoramento dos municípios atingidos, que servirá de base para o desenvolvimento de políticas públicas em desastres. 

No que diz respeito aos resíduos sólidos decorrentes das chuvas, o chefe da Divisão de Saneamento da Sema, Walter Lorenzo Zilio Motta de Souza, detalhou as normativas emergenciais emitidas pela Sema-Fepam e iniciativas como a Cartilha de segregação de resíduos, em colaboração com o MP-RS, visando orientar os municípios sobre a destinação correta dos resíduos. “Também tivemos a oportunidade de conduzir os municípios na captação de recursos federais no enfrentamento da crise e realizar visitações técnicas de orientação para o manejo adequado dos resíduos”, afirmou Walter. 

Encerrando as apresentações, a secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, liderou o debate sobre políticas públicas de desassoreamento dos rios afetados, sublinhando a necessidade de medidas emergenciais contínuas diante do cenário de mudanças climáticas.” Ressaltamos a importância da cooperação entre órgãos públicos e entidades para enfrentar os desafios decorrentes de desastres naturais, reafirmando o compromisso com a sustentabilidade e o bem-estar da população gaúcha”, concluiu.