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Cervo resgatado em Porto Alegre é operado e passa bem

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Cervo operado
Cervo operado - Foto: Preservas

O cervo resgatado na semana passada, em Porto Alegre, foi submetido à cirurgia de reconstrução do lábio inferior e passa bem. De acordo com informações obtidas pela chefe do Setor de Fauna da Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), Thais Michel, o animal apresenta boa recuperação e já se alimenta normalmente. Conforme Thais, tão logo o animal estiver recuperado, a Sema irá transferi-lo ao mantenedouro de fauna silvestre São Bras, em Santa Maria. Ainda não ha previsão de alta.

A operação cirúrgica foi realizada na última segunda-feira (20) pela equipe do Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres do Hospital Veterinário da UFRGS. Ao receber o cervo, a equipe de especialistas em animais silvestres do Hospital da UFRGS limpou a ferida e medicou o cervo. Segundo a veterinária da Sema, foi constatado um deslocamento da parte inferior da mandíbula. "Pela gravidade da lesão, imagina-se que o animal pudesse estar ferido há alguns dias", explica Thais.

O animal foi resgatado na última quarta-feira (15), por uma equipe da EPTC, na Zona Sul da Capital. Apesar da origem do cervo não ter sido descoberta, Thais supõe que ele estava sendo criado em cativeiro ilegal. "Não é permitido criar essa espécie no Rio Grande do Sul por tratar-se de uma espécie exótica invasora", esclarece a chefe do Setor de Fauna da Sema. "As espécies que não ocorrem naturalmente no meio ambiente regional são denominadas exóticas, e quando soltas e se propagam denominadas invasoras. Estas espécies representam uma ameaça à biodiversidade natural", alerta.

A veterinária ainda explica que o cervo pertence à espécie Axis Axis. Segundo ela, esse tipo de animal pode provocar danos ambientais. "Dentre os danos ambientais previamente estudados da espécie exótica invasora Axis axis no RS, encontram-se a possibilidade de hibridizar com espécies nativas, ocorrência de parasitas, zoonoses e portar doenças potencialmente perigosas ao homem e danos em florestas em biomas já degradados", acrescenta.

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