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Webinar promovido pelo Governo RS e Embaixada e Consulados dos EUA debate transição energética

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Segundo Marjorie, o Rio Grande do Sul vem se preparando para reduzir as emissões de carbono.
Segundo Marjorie, o Rio Grande do Sul vem se preparando para reduzir as emissões de carbono. - Foto: Sofia Alonso

As estratégias para viabilizar uma transição energética justa, focada na geração de energia limpa, foi tema de um webinar, nesta terça-feira (10/5), promovido pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio das Secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e de Relações Federativas e Internacionais (Serfi), em parceria com a Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil.
 
“Este tema é muito importante para o nosso governo. Dentro do nosso programa Avançar, que já anunciou R$ 6,3 bilhões em investimentos para todas as áreas, destinamos R$ 193,2 milhões para a sustentabilidade. São investimentos nas agendas do clima, água, energia e parques, sendo R$ 52 milhões apenas para projetos sobre energia”, disse o governador do Estado do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior.
 
A secretária da Sema, Marjorie Kauffmann, lembrou que o Rio Grande do Sul, assim como as maiores nações mundiais, vem se preparando para reduzir as emissões de carbono, e lembrou do compromisso assumido na COP26, de neutralizar as emissões de carbono no Estado em 50% até 2030.
 
“O Estado vem trabalhando fortemente em ações relacionadas ao clima. Atualmente nós reativamos o Fórum Gaúcho de Mudanças Climáticas, que tem como objetivo ampliar as discussões sobre o tema e apoiar a elaboração de um Plano Estadual de Mudanças Climáticas. Agora em 2022, nós nos tornamos membro da Under 2, uma coalizão de governos subnacionais que visa alcançar a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, e aderimos ao Aca Brasil, uma aliança pela ação climática. Temos, ainda, outros projetos pelo clima em andamento”, adiantou Marjorie.
 
O cônsul-geral dos EUA em Porto Alegre, Shane Christensen, reforçou a necessidade de se reduzir a dependência mundial pelos combustíveis fósseis.
 
“Como tem se tornado cada vez mais claro para todos nós, as mudanças climáticas representam uma ameaça existencial que exige atenção urgente. Também é verdade que responder a essa ameaça oferece oportunidades concretas, tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil, à medida que transformamos nossas economias. Para isso, mudanças estruturais nas matrizes energéticas a curto e longo prazo são essenciais, migrando de um modelo com significativa dependência de combustíveis fósseis – como carvão mineral, no caso do Rio Grande do Sul – para uma matriz cada vez mais focada na geração de energia por fontes renováveis”, afirmou Shane.

Segundo Colette, “o RS está entrando em um momento significativo com relação à sua matriz energética".
Segundo Colette, “o RS está entrando em um momento significativo com relação à sua matriz energética".

Depois da abertura, o evento contou com a mediação do secretário chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior, que atuou como secretário de Minas e Energia (2017-2018) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (2019-2021), e foi representante dos estados no Conselho Nacional de Política Energética.
 
Durante sua apresentação, Artur demonstrou alguns eventos severos relacionados às mudanças climáticas, como estiagem, nuvem de gafanhotos e ciclones bomba. Em seguida, apresentou alguns dos compromissos assumidos pelo Governo do Estado relacionados ao clima, como a adesão às campanhas Race to Zero e Race to Resilience (Decreto 56.347), no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, e a assinatura da carta-compromisso com a agenda mundial para a descarbonização.
 
Após, a palavra foi dada à convidada Colette Honorable, especialista americana em transição e regulação de energia com reconhecimento global em eficiência energética, integração de energia limpa e armazenamento e desenvolvimento de infraestrutura.
 
Segundo Colette, “o Rio Grande do Sul está entrando em um momento significativo com relação à sua matriz energética e fazendo um trabalho brilhante em energias solar e eólica”. A palestrante ressaltou a necessidade em se ampliar o uso de biomassa e gás natural renovável para compensar fontes com maior intensidade de carbono, como o carvão e o petróleo. 

Em sua apresentação, Colette compartilhou sua perspectiva sobre o papel do Brasil na transição para energia limpa, com base em sua experiência em ajudar as partes interessadas internacionais a entender e aprender as melhores práticas de regulação energética necessárias para apoiar a transição. Ela também falou sobre como os formuladores de políticas podem implementar uma estrutura para apoiar a transição para fontes limpas de energia.
 
Ao final, destacou que o projeto Hidrogênio Verde, em fase de implementação pelo Governo do RS, será uma inovação tecnológica que permitirá uma boa transição energética.

Texto: Vanessa Trindade Ascom Sema/Fepam

Edição: Secom

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