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Rio Grande do Sul apresenta projeto de governança climática para adaptação dos municípios durante a conferência em Belém

Ação promoverá ciclo de capacitações, a partir do primeiro semestre de 2026, para representações de mais de 200 municípios

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Seis pessoas estão sentadas em cadeiras de madeira com estofado claro, dispostas em linha sobre um tapete verde, participando de um painel de discussão. Ao fundo, há um grande telão azul com texto sobre política climática no Brasil, destacando temas como governança climática multissetorial e impactos da mudança do clima. À direita do telão, há uma imagem colorida de uma pessoa abraçando uma criança.
Secretária Marjorie Kauffmann falou sobre adaptações decorrentes do aprendizado com as enchentes de 2024 - Foto: Vanessa Trindade / Ascom Sema

O governo do Estado, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), apresentou nesta quinta-feira (13/11), durante a COP30, em Belém (PA), a participação do Rio Grande do Sul no programa AdaptaCidades. A apresentação aconteceu a convite do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), durante o painel “Governança Climática Multinível para Adaptação”.

A iniciativa busca fortalecer as políticas de adaptação e resiliência climática, promovendo integração e articulação entre governos em nível nacional e local. O encontro reuniu representantes de Estados e municípios, especialistas e instituições internacionais para debater estratégias de adaptação e fortalecimento da resiliência em nível local.

A secretária Marjorie Kauffmann destacou que o Rio Grande do Sul vem transformando os aprendizados das enchentes de 2024 em ações estruturantes de governança. "Muito antes desse evento extremo, o Estado já trabalhava a pauta climática de forma estruturada, dentro do ProClima2050, que reúne diversas linhas de ação — entre elas, a de adaptação", declarou.

Conforme a secretária, a partir do programa, estratégias relacionadas ao tema foram conectadas ao Plano Rio Grande. "O plano de reconstrução resiliente do Estado é robusto, participativo e voltado à capacitação e ao investimento em reconstrução e adaptação. Ele envolve governo, sociedade civil, academia e governo federal em uma estrutura de governança articulada", apontou Marjorie.

Abrangência expandida

A secretária reforçou a importância da adesão do Rio Grande do Sul ao AdaptaCidades. A partir da parceria com o MMA e apoio do Fundo Verde para o Clima — em inglês Green Climate Fund (GCF) —, o Estado adaptou o modelo nacional do programa, ampliando sua abrangência.

A iniciativa, que originalmente atenderia 10 municípios, foi expandida para 203 municípios gaúchos, organizados em 11 associações e consórcios regionais. A estratégia foi construída com base nos diagnósticos do Roadmap Climático, desenvolvido pela Sema, que identificou riscos e prioridades de adaptação locais.

Sete pessoas estão em pé sobre um tapete verde, em frente a um painel colorido com ilustrações e texto sobre governança climática e adaptação de cidades, relacionado à COP 30. Ao fundo, há cadeiras claras e desenhos vibrantes com formas geométricas e elementos arquitetônicos, sugerindo um evento ou conferência.
Participantes do painel “Governança Climática Multinível para Adaptação - Foto: Vanessa Trindade / Ascom Sema

Ações concretas

As capacitações terão início no primeiro semestre de 2026, com cronograma previsto até 2028. A iniciativa prevê etapas de formação, oficinas territoriais e apoio técnico para priorização de projetos e identificação de oportunidades de financiamento. Cada grupo regional elaborará um Plano de Adaptação Climática.

"O objetivo é transformar diagnósticos em ações concretas que fortaleçam a resiliência dos municípios frente a eventos extremos. Essa abordagem fortalece a articulação entre governo estadual e municípios, promovendo uma governança climática multinível, que integra ciência, planejamento e participação local", explicou a coordenadora do Clima da Sema, Daniela Lara.

Ciência e cooperação

Integrado ao Plano Rio Grande, o AdaptaCidades consolida o eixo de resiliência e adaptação climática, reforçando o compromisso do Estado com a reconstrução sustentável e com a implementação de políticas públicas baseadas em ciência, participação social e cooperação federativa.

"Esses planos regionais de adaptação são fundamentais: eles salvam vidas. Assim como os planos de contingência protegem as pessoas e os diretores de resposta protegem a infraestrutura, os planos de adaptação garantem que o território esteja preparado para enfrentar eventos extremos", finalizou Marjorie.

Texto: Vanessa Trindade/Ascom Sema
Edição: Secom

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