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Governo passa o controle da CEEE-T para a CPFL Energia

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Transferência do controle foi realizada no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, três meses depois da venda da estatal
Transferência do controle foi realizada no Salão Alberto Pasqualini do Palácio Piratini, três meses depois da venda da estatal - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

A Companhia Estadual de Transmissão de Energia Elétrica (CEEE-T) passou a ser oficialmente administrada pela CPFL Energia. Na manhã desta quinta-feira (14/10), o governador Eduardo Leite assinou o contrato de venda, encerrando o segundo processo de privatização da atual gestão.

“É possível que, lá no passado, fizesse sentido que o Estado administrasse uma companhia de energia elétrica. Não podemos julgar com os olhos de hoje as decisões que foram tomadas em outro contexto econômico e político. Mas nos cabe, sim, perceber que os tempos mudaram e que atualmente é mais interessante, do ponto de vista do interesse público, que o Estado diga o que quer, mas deixe a operação com o setor privado, que é mais ágil, tem mais capacidade de se financiar e de fazer os investimentos necessários. Também de se atualizar tecnologicamente e garantir que esses investimentos deem espaço para o crescimento econômico que é demandado por todos. No caso da energia, ter energia com qualidade, segurança e confiabilidade, e não apenas ter uma empresa de energia”, disse o governador Leite.

Conforme Leite, os tempos mudaram e é mais interessante que o Estado diga o que quer, mas deixe a operação com o setor privado.
Conforme Leite, os tempos mudaram e é mais interessante que o Estado diga o que quer, mas deixe a operação com o setor privado. - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

A CPFL Energia venceu o leilão de privatização do controle da CEEE-T em julho, ao apresentar proposta de R$ 2,67 bilhões, com ágio de 57,13%. O valor inicial estabelecido era de R$ 1,7 bilhão.

Segundo o governador, essa e as demais privatizações estão injetando recursos no caixa do Estado e estão possibilitando a retomada de investimentos em obras e melhoria de serviços públicos, mas os próprios investimentos feitos pelas companhias que compraram as estatais significarão melhoria de serviço público, emprego, renda e movimentação da economia do Rio Grande do Sul em curto prazo.

“No médio e longo prazo, vão abrir espaço para que outros investimentos aconteçam pela garantia de energia, saneamento, distribuição de gás, entre outros serviços de qualidade que serão oferecidos para os investidores, melhorando o ambiente para empreendedores aqui no RS”, acrescentou o governador.

A CEEE-T tem 56 subestações, que somam potência instalada própria de 10,5 mil MVA, e opera outras 18 unidades. A empresa também é responsável pela operação e manutenção de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão (5,9 mil quilômetros próprios) e cerca de 15,7 mil estruturas (quase 15,3 mil próprias).

Entre os benefícios da troca de controle da CEEE-T, cujos estudos, modelagem da privatização e avaliação da companhia foram coordenados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estão a melhoria da confiabilidade do sistema elétrico para o Estado e o Brasil, o potencial promissor de crescimento com geração de emprego e renda e a maior agilidade nas contratações e execução de novos empreendimentos.

“Hoje é mais um dia histórico. Um período de reestruturação e desenvolvimento do Estado. A transferência do controle acionário para a CPFL Energia é mais um passo para a modernização, garantia de melhores serviços e eficiência desta fonte essencial na vida de todos: a energia elétrica”, afirmou o secretário do Meio Ambiente e Infraestrutura, Luiz Henrique Viana.

Entre os benefícios da troca de controle da CEEE-T está a melhoria da confiabilidade do sistema elétrico.
Entre os benefícios da troca de controle da CEEE-T está a melhoria da confiabilidade do sistema elétrico. - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

O segmento de transmissão de energia é o segundo braço do Grupo CEEE a ser privatizado, após a conclusão da venda da CEEE Distribuidora (CEEE-D), no fim de março.

O edital do segmento de geração de energia, a CEEE-G, deve ser lançado até o fim de 2021. Ainda haverá, no dia 22 de outubro, a privatização da Companhia de Gás do Estado (Sulgás) e, em fevereiro de 2022, a privatização da companhia de saneamento (Corsan).

Sobre a CPFL Energia

A CPFL Energia, há 108 anos no setor elétrico, atua nos segmentos de distribuição, geração, transmissão, comercialização e serviços. Desde 2017, o grupo faz parte da State Grid, estatal chinesa que é a segunda maior organização empresarial do mundo e a maior empresa de energia elétrica, atendendo 88% do território chinês e com operações na Itália, Austrália, Portugal, Filipinas e Hong Kong.

Focada em uma forma mais sustentável de produzir energia, tem na CPFL Renováveis a maior empresa de geração da América Latina a partir de fontes alternativas, com um portfólio baseado em fontes limpas como grandes hidrelétricas, usinas eólicas, térmicas a biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) e usina solar. Em geração, é a terceira maior agente privada do país, com capacidade instalada de 4.303 megawatts (MW).

Com 14% de participação, a CPFL Energia é uma das maiores empresas no mercado de distribuição, totalizando cerca de 10 milhões de clientes em 687 cidades, entre São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná.

Na comercialização, é uma das líderes no mercado livre, com participação de mercado de 4%. É líder na comercialização de energia incentivada para clientes livres entre as comercializadoras.

A CPFL Energia tem ações listadas no Novo Mercado da B3. O Grupo também ocupa posição de destaque em arte e cultura, entre os maiores investidores brasileiros, por meio do Instituto CPFL.

Texto: Suzy Scarton e Vanessa Kannenberg
Edição: Marcelo Flach/Secom

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